Era uma vez, num jardim mágico, um grupo de cores que vivia feliz e unido. Lá estavam Azul, Vermelho, Amarelo, Verde e muitas outras cores, cada uma com a sua beleza especial. Todas brincavam de criar novos tons, pintando folhas, flores, e até o céu ao pôr do sol.
Um dia, Azul percebeu que sempre estava pintando o céu e o mar. Ela começou a sentir-se triste, pensando que talvez fosse um pouco monótona. “Ah, como eu queria ser diferente, talvez tão vibrante como o Vermelho ou tão brilhante quanto o Amarelo!” Azul pensou, suspirando.
Ao ouvir isso, Vermelho aproximou-se e disse: “Mas Azul, você é única! Graças a você, o céu fica calmo ao entardecer e o mar parece tão profundo.” Amarelo concordou: “Sim, e quando nos juntamos, criamos um lindo Verde! É como se pudéssemos criar uma nova cor de amizade.”
Azul sorriu, mas continuava um pouco insegura. Então, todas as cores tiveram uma ideia. Naquela noite, fizeram uma surpresa para Azul, pintando todo o jardim com diferentes combinações. O roxo das flores, o laranja das folhas ao cair do sol e até um arco-íris apareceu no céu, com todas as cores unidas.
Azul percebeu que, sozinha, cada cor tinha o seu brilho, mas juntas, criavam algo mágico e inesquecível. “Obrigada, amigos,” disse Azul. “Vocês me mostraram que cada cor é especial do seu jeito e que a verdadeira beleza está em estarmos juntos, como uma grande amizade colorida.”
E assim, todas as cores continuaram a pintar o jardim, felizes e unidas, criando um mundo onde cada tom tinha um lugar especial. Azul nunca mais sentiu-se sozinha, pois sabia que seus amigos estariam sempre ao seu lado, como um arco-íris que brilha mesmo depois da chuva.
E todos dormiram tranquilos, envoltos nas cores da amizade.
Naquela noite, quando o arco-íris apareceu no céu, ele foi mais brilhante do que nunca. Azul olhou para cima, admirada, pois era um arco-íris especial, onde cada cor parecia dançar e brilhar de forma única, mas ao mesmo tempo, juntas.
As cores do arco-íris começaram a conversar com Azul. Vermelho, que estava no topo, disse: “Eu estou aqui para lembrar de ser corajoso! Coragem é a minha força, e eu a empresto a todos vocês.” Laranja sorriu logo abaixo: “Eu sou a alegria e a criatividade! Trago o entusiasmo para todos os nossos dias.”
Depois, Amarelo, brilhante como o sol, falou: “Eu sou a cor da luz e da felicidade. Sem mim, não haveria aquele calor que faz tudo parecer alegre e acolhedor.” Em seguida, Verde, que representa a natureza, murmurou suavemente: “Eu sou a paz e a esperança, e faço o mundo parecer vivo e cheio de novas possibilidades.”
Abaixo do Verde, o Azul falou baixinho: “Eu sou o descanso e a calma. Quando as pessoas olham para o céu ou para o mar, sentem-se tranquilas e serenas. E eu agora sei que, mesmo sendo calma, posso ser forte e especial com a ajuda de todos vocês.”
Índigo, que estava quase no final do arco-íris, disse: “Eu sou o mistério, a imaginação. Lembro a todos que há sempre algo mágico e ainda não descoberto.” E finalmente, Violeta, a última cor, sorriu e completou: “Eu sou a sabedoria e a espiritualidade, sempre lembrando que todos podemos crescer e aprender.”
Ao ouvirem todas essas palavras, Azul sentiu seu coração aquecer. Cada cor tinha um papel importante e uma característica única, mas o arco-íris só era completo quando todas se uniam. Então, elas prometeram que sempre que alguém precisasse de coragem, alegria, esperança ou tranquilidade, o arco-íris apareceria no céu para lembrar que juntas eram muito mais fortes e brilhantes.
Daquele dia em diante, sempre que chovia e o sol saía, o arco-íris aparecia, como um abraço colorido entre as cores, mostrando a todos que a amizade e a união são os maiores tesouros que alguém pode ter. E quando as crianças fechavam os olhos para dormir, sonhavam com esse arco-íris mágico, sabendo que, assim como as cores, cada uma delas era única e especial.